#126: O novo ciclo do capital imobiliário já começou

O funding imobiliário não é mais sinônimo de banco.

Bruno Loreto
Por Bruno Loreto
Sócio | Terracotta Ventures

O funding não é mais sinônimo de banco, e o mercado imobiliário virou terreno fértil para inovação, regulação e disrupção.

Enquanto a XP aposta pesado em estúdios, o fundo soberano de Singapura injeta R$ 2 bi em datacenters no Brasil.

Do outro lado do planeta, Dubai transforma escrituras em tokens, e no Texas, baterias residenciais levantam US$ 200 milhões.

A real é que a cidade está mudando — dos escritórios líquidos às estações de trem impressas em 3D — e o capital inteligente está correndo para acompanhar.

Quem entender o novo ciclo do capital, vai operar com mais eficiência, escala e, claro, retorno.

NA EDIÇÃO DE HOJE:

  • 🚀 O amadurecimento do funding no Brasil
  • ⚙️ As quatro forças que moldam esse cenário
  • ⚡ O impacto da eficiência nos projetos
  • 🔄 Makasi: um novo jeito de pensar funding
  • 🎧 Você pode escutar esta edição clicando aqui
Expert Series Alternativas de Funding

Capítulo 2: O funding está mudando. E rápido.

Não é mais sobre “dificuldade de crédito”. É sobre transformação estrutural.

A forma como os projetos imobiliários se financiam está deixando de depender exclusivamente do capital bancário.

O ecossistema agora é mais amplo, mais regulado, mais profissional, mais tecnológico. Quem entender isso, vai jogar melhor.

NOVIDADE

Por falar em entender, lançamos o score de maturidade em funding imobiliário. Já sabe qual é o seu? Descubra em menos de 5 minutos.

📊 O mercado está mudando — e os dados não mentem

A fotografia do mercado de funding hoje é bem diferente daquela de anos atrás:

  • → Até 2019, praticamente todo o crédito do setor era via SBPE, repasses e plano empresário.
  • → Esse modelo encolheu. As concessões com capital subsidiado caíram drasticamente.
  • → Ao mesmo tempo, outras fontes avançaram em ritmo acelerado: FIIs, CRIs, LCIs e LIGs mostraram seu potencial.
Gráfico de evolução

Essa mudança não é conjuntural e sim estrutural.

O que está em curso é um amadurecimento real do mercado de funding imobiliário no Brasil.

🧱 Quatro forças moldam o novo cenário

Esse amadurecimento não veio por acaso. Ele é impulsionado por quatro vetores principais:

1. O capital subsidiado ficou mais escasso

Bancos públicos e linhas incentivadas perderam protagonismo. O novo contexto de juros altos, maior exigência regulatória e limites orçamentários reduziu a disponibilidade de crédito subsidiado — e empurrou o mercado para novas soluções.

2. Os marcos regulatórios evoluíram

Nos últimos anos, o Conselho Monetário Nacional, a CVM e o Banco Central avançaram em temas críticos:

• Novas regras para CRI, LCI, LIG e fundos imobiliários: As novas normas trouxeram mais padronização, transparência e governança às principais estruturas de securitização e captação no mercado imobiliário.

• Registro eletrônico de recebíveis: O registro eletrônico obrigatório fortalece a rastreabilidade do crédito e reduz o risco de fraudes, dando mais segurança a investidores e originadores.

• Marcos para crowdfunding e tokenização de ativos: A regulação para crowdfunding e tokenização abriu caminho para modelos mais acessíveis e digitais de investimento em imóveis, conectando projetos a novos perfis de capital.

A regra do jogo ficou mais clara — e isso atrai capital.

Ilustração vetores

3. Novos investidores profissionais

O capital de FIIs, family offices e investidores internacionais entrou em cena. Eles exigem mais estrutura, mais governança — mas também viabilizam tickets maiores e mais flexibilidade.

Cada vez mais incorporadores criam áreas de relações com investidores buscando estreitar o contato com o investidor institucional.

No varejo, redes sociais e assessorias de investimento se transformaram em novo canal para acesso ao investidor imobiliário.

4. A tecnologia virou alavanca de inovação

Real Estate Fintechs especializadas estão reescrevendo a forma como o funding imobiliário é originado, estruturado e monitorado, habilitando novas possibilidades.

Não se trata apenas de crédito mais rápido — mas de alternativas mais eficientes e escaláveis.

💡 Eficiência é a nova palavra-chave

No fundo, o que está por trás dessa transformação é uma busca por eficiência em cada etapa da jornada de capital. E isso tem impacto direto na viabilidade dos projetos.

Novas formas de originação buscam atrair mais leads e reduzir o custo de aquisição de clientes.

O uso de tecnologia na operação permite ampliar o monitoramento de obras, liberar recursos mais rápidos e reduzir o custo de servir.

A evolução das esteiras de crédito elimina ineficiência, reduz a inadimplência e proporciona menor custo de subscrição.

As novas formas de acessar investidores, combinado a maiores mecanismos de governança levam a redução do custo de capital.

Eficiência no funding

🧠 Caso real: a Makasi como símbolo desse novo ciclo

Um bom exemplo é a Makasi, investida do fundo Terracotta Warriors I.

A Makasi não é um banco. É um constructech lender que conecta incorporadoras a capital inteligente — usando tecnologia como ferramenta estratégica para viabilizar operações.

Ela atua em três frentes principais:

Originação digital Parcerias em escala com originadores e uso de conteúdo educacional para atrair leads qualificados em escala.

Estruturação de crédito com IA Automação de orçamentação, análise documental e avaliação de risco feitas de forma mais precisa e eficiente.

Servicing inteligente Acompanhamento remoto de obras e gestão digital de evidências ampliando capacidade de escala.

Com isso, a Makasi não apenas acelera a concessão de crédito, mas transforma o próprio modelo de funding, reduzindo riscos e otimizando margens; habilitando operações que não seriam feitas sem elas.

Não se trata de “um novo produto”. Se trata de um novo jeito de pensar funding.

🔍 Entender o que está mudando é entender como se movimentar

A fotografia atual do funding é só o começo. Quem continuar jogando com as armas do passado perde eficiência e competitividade.

A próxima fronteira é estratégica: O que é funding de verdade?

No próximo capítulo vamos entender por que pensar funding vai muito além de pegar dinheiro no banco.

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