TES Canteiro Digital #1: Digitalização na gestão de obras

Na TES Canteiro Digital #1, entenda sobre a digitalização na gestão de obras: o que está acontecendo e por quê

Entre 1950 e 2012, sabe quanto a produtividade na construção avançou?

Nada 🤷🏻‍♂️

Isso mesmo, os índices de produtividade no setor ficaram estagnados por mais de 60 anos. Ao mesmo tempo, as empresas de construção investem, em média, apenas 1% de seus faturamentos em tecnologia da informação, enquanto a média das demais indústrias é de 3,5%.

Entendemos que há uma correlação entre esses dois fatos e que para tirar o setor da inércia produtiva em que se encontra é necessário ampliar os investimentos em tecnologias digitais.

É em meio a este contexto que nasce a newsletter Terracotta Expert Series: Canteiro Digital. Em um formato inédito, firmamos parceria com a Grua Insights para curadoria e produção dos conteúdos que você vai ver por aqui.

A intenção é jogar luz sobre o que tem de mais promissor no processo de digitalização de canteiros, mostrando oportunidades e tendências que podem ajudar você a organizar melhor sua operação.

Contamos com sua companhia ao longo dessa jornada, sempre com olhar atento para as possibilidades de negócios que podem ser desenvolvidos.

Vamos juntos?

Highlights do conteúdo

  1. A newsletter Terracotta Expert Series: Canteiro Digital by Grua Insights foi criada para destacar tendências, oportunidades e inovações na digitalização de canteiros de obras, visando melhorar a organização e identificar oportunidades de crescimento e investimento no setor.
  2. O conteúdo é voltado para empreendedores, incorporadores e investidores do setor da construção civil e mercado imobiliário. Seu objetivo é aprofundar o tema da digitalização de canteiros, ajudando os leitores a identificar e aproveitar as melhores oportunidades de negócio emergentes nessa área. Caso ainda não esteja, inscrito, clique aqui para garantir o conteúdo na sua caixa de e-mails.
  3. A newsletter é fruto de parceria entre Terracotta Ventures e Grua Insights, que colaboram na curadoria e produção dos conteúdos. O foco é fornecer insights, tendências e análises sobre a digitalização no setor de construção, facilitando a realização de negócios e a inovação no setor voltada para o urgente aumento da produtividade dentros dos canteiros de obras.
  4. Afinal, a produtividade na construção não avançou por mais de 60 anos. Enquanto isso, o investimento em tecnologia da informação no setor é de apenas 1% do faturamento das empresas. Acreditamos que exista uma correlação entre esses dois eventos e que a digitalização dos canteiros tem potencial para impulsionar a produtividade.
  5. O mercado global de softwares para BIM está projetado para crescer 19,9% até 2031, impulsionado pela demanda por gestão eficiente de projetos, uso de ferramentas digitais e exigências governamentais. No Brasil, o uso de BIM para retrofit é visto como uma oportunidade significativa, com iniciativas como a "Revitalização de Centros Urbanos Degradados" e incentivos fiscais que podem impulsionar a adoção do BIM no país.

O que é a Terracotta Expert Series: Canteiro Digital By Grua Insights e qual nossa intenção com essa newsletter?

  • A Terracotta Expert Series é um boletim mensal e temático da Terracotta Ventures, criado para debater teses de negócio emergentes.
  • A tese de canteiro digital é a segunda a ganhar um conteúdo dedicado e se junta ao primeiro tema abordado, a Construção Modular.
  • O conteúdo da série de Canteiro Digital é produzido a partir da parceria com a Grua Insights.
  • Aqui, você encontrará insights, tendências e oportunidades de negócio relacionadas à digitalização de canteiros.

E quem pode se beneficiar desta leitura?

A newsletter Terracotta Expert Series: Canteiro Digital by Grua Insights é voltada para empreendedores, incorporadores e investidores do ramo da construção civil e do mercado imobiliário que queiram se aprofundar no grande tema da digitalização de canteiros com foco em identificar melhores oportunidades de negócio que façam parte desta tese emergente.

Com a newsletter Terracotta Expert Series: Canteiro Digital queremos facilitar a realização de negócios entre empreendedores, empresas do setor e investidores envolvendo a tese de digitalização de canteiros no Brasil.

Inclusive, não deixe de compartilhar essa iniciativa com conhecidos seus que possam se interessar pelo tema

Compartilhar

Embora tenha potencial para revolucionar a maneira como as obras são concebidas e executadas, o processo de digitalização é lento e cada empresa tem uma forma de percorrer seus caminhos. A Terracotta e a Grua entendem que há etapas a serem respeitadas ao longo da jornada de cada negócio.

O que é inegável, entretanto, são as oportunidades que existem, comprovadas inclusive por incorporadoras, construtoras, empresas de software e startups que já deram a partida nessa maratona.

É para enxergar, entender e aproveitar melhor essas oportunidades, ajudando a criar novos espaços e possibilidades que esta série de conteúdos existe. Acreditamos que o crescimento vai acontecer e que é imprescindível estarmos preparados para desenvolver bons e promissores negócios.

Esta é a intenção que vamos aplicar a cada um dos conteúdos que você vai encontrar por aqui.

Por que falar de digitalização de canteiros?

Projetar e construir são atividades bastante complexas e que não se limitam aos seus aspectos técnicos. Qualquer tipo de mudança acaba, invariavelmente, esbarrando em questões culturais, de disponibilidade tecnológica, capacidade financeira para investimento, capacitação e resistência dos profissionais envolvidos e até tributárias, dentre muitas outras.

As evoluções acontecem apesar de todos esses obstáculos e temos testemunhado progressos expressivos na frente de digitalização de projetos e canteiros. Prova disso é o crescimento na quantidade de startups dedicadas a sanar dores relacionadas a estas atividades.

A mais recente edição do Mapa Terracotta das Construtechs e Proptechs do Brasil mostrou que hoje já existem 264 empresas ligadas a esse segmento. Um crescimento de mais de 300% se comparado ao primeiro mapeamento, realizado em 2017.

Além disso, no Brasil e no mundo há um fortalecimento notável do ecossistema tecnológico da construção, com vetores importantes de crescimento orgânico e por meio de um intenso fluxo de fusões e aquisições.

Apesar do amadurecimento do mercado, nós da Terracotta e da Grua entendemos que o mercado ainda carece de um olhar atento e dedicado a compreender, analisar e explicar o que está acontecendo e quais são as oportunidades, bem como as tendências em cada uma dessas frentes.

Foi essa percepção que nos motivou a criar um conteúdo totalmente dedicado a falar desse segmento do mercado da construção civil.

Espero que aproveitem esse e os demais materiais que iremos disponibilizar.

Sua opinião é valiosa. Deixe seus feedbacks e sugestões de assuntos para as próximas edições clicando no botão abaixo:

Deixe um comentário

Agora, um pouco de conteúdo

Ao começar a pesquisar para escrever esta newsletter um tema saltou aos olhos já nas primeiras buscas: o BIM.

Há um movimento muito forte de iniciativas privadas e governamentais para explorar e desenvolver soluções em BIM como forma de melhorar projetos e aumentar o controle financeiro e de qualidade de obras.

Como consequência, a perspectiva é de forte crescimento no mercado de softwares para BIM seja para obras novas como para retrofit de estruturas e edifícios.

Vamos dar uma olhada no que tem acontecido nessa frente nos últimos tempos.

Crescimento projetado… em BIM, claro

Até 2029 o mercado global de softwares para BIM (Building Information Modeling) vai expandir 13,1%, saindo de US$ 8 bilhões de tamanho, em 2024, até atingir um valor de US$ 14,8 bilhões.

Essa é a conclusão do estudo Building Information Modeling Market by Offering, da Markets and Markets. Diversos fatores motivam a expansão, tais como o aumento na demanda por gestão de projetos eficiente, crescente adoção de ferramentas digitais avançadas para a construção e exigências governamentais pelo uso de BIM em obras de infraestrutura.

Além disso, com a demanda de mercado cada vez maior por práticas sustentáveis e por smart buildings, as empresas de construção e projeto não têm alternativa que não o uso intensivo de BIM para projetar, gerenciar e operar estruturas modernas cada vez mais complexas.

Por outro lado, o BIM encontra espaço aberto para avançar a partir da evolução tecnológica das soluções em nuvem, real-time data analytics e integração com outras ferramentas.

A arena competitiva dos softwares de BIM é dominada por grandes players, com soluções robustas, como Autodesk, Bentley, Trimble, dentre outros. No entanto, o cenário é bastante favorável ao desenvolvimento de soluções para dores específicas de cada um dos segmentos aos quais o BIM se aplica.

Com isso, podemos esperar uma intensificação no já movimentado campo de fusões e aquisições, especialmente de iniciativas que combinam Inteligência Artificial, machine learning e realidade aumentada.

BIM para renovar o que já existe

A ascensão do BIM abre novas oportunidades, como a de aplicação em projetos de retrofit. De acordo com o estudo Retrofit Revolution, realizando pela UBS Sustainability, mais de 90% das edificações precisam ser renovadas para atender às metas de redução no consumo de energia estabelecidas pelo 2022 Global Status Report for Buildings and Construction, das Nações Unidas.

Considerando apenas a demanda por retrofit na cidade de Nova York, isso significa um mercado de US$ 24,3 bilhões até 2030. Em todo o mundo, os investimentos necessários batem na casa de US$ 500 bilhões por ano.

Não há dados sobre o mercado potencial para o retrofit no Brasil, mas há indícios de que esse mercado tem tudo para crescer. Dentre eles, os R$ 240 milhões que o fundo Ilion Partners investiu desde 2017 para aquisição, reforma e revenda ou locação residencial de 17 edifícios antigos na cidade de São Paulo.

O BIM tem tudo para se tornar campeão em retrofit. Tanto é que vai participar dessa modalidade nas Olimpíadas de 2028.

A Autodesk foi convocada pelo comitê responsável pelas Olimpíadas de 2028, em Los Angeles, para ser sua parceira oficial de projeto e construção.

O desafio em questão é atender à premissa dos organizadores de não construir nada novo, mas apenas adaptar a infraestrutura já existente na cidade.

Para dar conta de transformar e gerenciar mais de 40 instalações olímpicas nos arredores de Los Angeles e no Sudoeste da Califórnia, o comitê conta com um fundo de mais de US$ 1 bilhão.

Renovação premiada

A metodologia e as tecnologias BIM foram peças-chave para o projeto de retrofit da ponte Ciolo, no Sul da Itália.

Construída no início dos anos 1990, a obra de arte precisava ser adaptada para os padrões atuais de segurança sísmica e do departamento de estradas italiano. Isso incluía a demolição das barreiras existentes e a construção de novas, capazes de impedir mergulhos a partir da ponte.

A solução foi desenvolvida a partir da criação de um modelo da ponte baseado em uma nuvem de pontos gerada a partir de escaneamento 3D. O BIM atuou na simulação de cenários possíveis a partir das modificações arquitetônicas, permitindo a comparação de variáveis e respectivos impactos em custo e consumo de energia. O projeto foi premiado pela empresa de software Graitec.

Oportunidades no Brasil

No que depender da CBIC, o uso de BIM para retrofit vai ter uma boa chance de se consolidar. A Câmara Brasileira da Indústria da Construção lançou o projeto Revitalização de Centros Urbanos Degradados, cuja proposta é mapear iniciativas bem sucedidas, mapear gargalos e oportunidades para engajar o poder público e a iniciativa privada em um movimento de melhoria da qualidade de vida nas cidades.

De acordo com o Presidente do Conselho Consultivo da entidade, José Carlos Martins, a intenção é formular soluções que permitam a reocupação de centros degradados, com reconversão de uso de imóveis e recuperação de edificações deterioradas.

Em paralelo, o documento da PLP 68/2024 - também conhecida como Reforma Tributária - tramita no Senado e leva junto a proposta de conceder um desconto de 60% na alíquota do IVA para projetos de recuperação de Zonas Históricas.

Isso representa uma grande oportunidade para o BIM, já que as tecnologias associadas à metodologia permitem criar modelos digitais de estruturas já existentes, facilitando o desenvolvimento de projetos e das intervenções necessárias a esse tipo de intervenção. Além disso, o BIM também é a ferramenta ideal para simulações de consumo de enregia associada a climatização e iluminação em edificações.

Ou seja, tem tecnologia, tem programa de incentivo e tem estímulo do governo. Será que agora o BIM deslancha no Brasil?

Curtas sobre BIM

  • BIM no Maranhão: Ainda no Brasil, o Maranhão iniciou o processo para implantação do BIM nas obras do Estado em atendimento à nova Lei de Licitações, a 14.133. A intenção é ter editais e contratações mais transparentes e projetos mais bem elaborados em termos de orçamento e qualidade.
  • BIM e deals a laser: No final de julho, a empresa especializada em escaneamento a laser e manutenção de obras de infraestrutura GPRS anunciou a aquisição da Existing Conditions, que faz modelagem 3D em BIM, nuvem de pontos e desenhos de as-built. É a décima aquisição da GPRS, que atua desde 2001 e, no ano passado, comprou a TruePoint Laser Scanning. A intenção é que a GPRS dobre sua capacidade de mapeamento e modelagem 3D, já que a Existing Conditions é tida como detentora de uma das mais avançadas tecnologias para visualização de arquivos BIM.

Para concluir

A Terracotta Expert Series: Canteiro Digital by Grua Insights representa um passo significativo na transformação do setor da construção por meio da digitalização. Ao reconhecer a estagnação histórica na produtividade e o baixo investimento em tecnologia, a newsletter busca abordar as possibilidades de negócio que surgem a partir da busca por eficiência dentro dos canteiros de obras.

O foco de cada edição será oferecer uma visão detalhada e atualizada sobre as oportunidades de investimento que se desdobram a partir daí.

Já nesta primeira edição vimos que o mercado global de BIM está em franca expansão, com projeções de crescimento robusto nos próximos anos. A reboque dessa expansão vêm a possibilidade de aplicar a tecnologia na construção sustentável e também na modernização de infraestruturas existentes. O momento para isso, afinal, é mais do que propício, já que surgem no Brasil iniciativas para revitalização de centros urbanos e incentivos fiscais para projetos de retrofit.

Se gostou do conteúdo, não esqueça de compartilhar com conhecidos que possam se interessar pelo tema:

Compartilhar

O objetivo de Terracotta e Grua é iluminar as oportunidades e tendências emergentes no campo da digitalização de canteiros, ajudando os leitores a identificar e aproveitar novos negócios e inovações. Com um foco em tendências tecnológicas e casos de sucesso, a série de conteúdos pretende fornecer informações práticas e acionáveis que podem auxiliar na tomada de decisões e no planejamento estratégico dentro do setor.

Estamos comprometidos em criar uma plataforma que não apenas informe, mas também inspire ação e inovação. Ao promover um diálogo contínuo com os leitores e incentivar o feedback, a newsletter busca ser um recurso valioso e adaptável, apoiando a evolução do setor da construção civil rumo a uma era digital mais eficiente e dinâmica. Juntos, podemos moldar o futuro da construção e aproveitar ao máximo as oportunidades que a digitalização oferece.

Conteúdos relacionados

Todos os conteúdos

Entenda, aja, conecte-se
e
invista

O primeiro programa destinado a empreendedores e investidores imobiliários