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O valor de mercado da QuintoAndar e a retomada do setor construtivo por meio da digitalização

Notícias e tendências #7

2 de junho de 2021

Na semana passada, a QuintoAndar se consagrou como a 2º maior startup do Brasil através de uma rodada de U$ 300MI. A notícia vai de encontro à tese de que o valor futuro do setor imobiliário estará na consolidação do mercado - hoje ainda desagregado - em plataformas com grandes carteiras que irão gerar resultado por meio de aumentos drásticos de eficiência de escala e serviços adicionais

Exemplos desse fenômeno correm soltos pelo Brasil, como no caso da CarpeDiem comprando a Apartio e a parceria da J.Simões com a Nomah. E mesmo em mercados em que o ecossistema de proptechs é altamente maduro, percebe-se que essa mudança continua gerando novas rodadas de investimento como nos casos da americana Stavvy (com foco em home equity) e a francesa Matera (atuando na autogestão de prédios residenciais). 

Estes e outros aportes mostram o apetite de investidores em VC na tese de agregação do mercado imobiliário: concentrar carteiras cada vez maiores de imóveis para dar eficiência nas transações através de processos e dados. 

Inclusive, um dos fundos que participaram da rodada da QuintoAndar foi o Softbank, que meses atrás liderou o aporte de U$ 190MI da MadeiraMadeira, ajudando a construtech a  conquistar o título da startup unicórnio, a primeira do Brasil em 2021.

O marketplace de móveis já está, inclusive, de olho em seu IPO, o que evidencia a valorização desse tipo de iniciativa no setor construtivo e nos leva ao segundo assunto:

Mesmo com a primeira alta da confiança da construção no Brasil, o setor mantém sua preocupação com o preço dos insumos, que só aumenta. E nesse cenário, startups que atuam dentro da cadeia produtiva aproveitam a oportunidade para crescer e ajudar o mercado através da digitalização, como é o caso da Prospecta Obras que usa big data para conectar quem está construindo à quem está vendendo produtos e serviços voltados à construção.

Já não bastasse o impacto na facilitação do acesso aos materiais, negócios como a Orçafascio conseguem dar um passo atrás e reduzir bruscamente os erros ocasionados por falhas de orçamento em obras através de sua plataforma. Na semana passada, escrevemos um conteúdo especial sobre ela, que é uma das startups do nosso portfólio:

O ganho de eficiência conquistado por esse tipo de negócio já é bastante valorizado no exterior, o que é perceptível quando vemos a Cosuno, startup sediada em Berlim, captando $15MI em rodada series A. É apenas uma questão de tempo até vermos movimentos como este aqui no Brasil.

Diferente dos primeiros anos, hoje a digitalização da cadeia da construção já ganha sofisticação, com as teses iniciais avançando em estágios de maiores aportes e outras novas surgindo ainda como promessas para o futuro.

Por isso, o desafio do investidor interessado nesse setor é conseguir entender esses movimentos e escolher as melhores oportunidades, não olhando somente cada investimento individualmente, mas o cenário competitivo como um todo.

Na Terracotta, temos tido sucesso em observar o cenário completo, identificando tendências e direcionando o capital investido no nosso fundo para as soluções mais promissoras dentro desse ecossistema.

Se quiser entender melhor a nossa estratégia de investimento nesse mercado, pode nos ativar que marcamos um papo sobre.