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Fronteiras da construção modular e novos horizontes para a digitalização do canteiro em obras

Notícias e tendências #6

26 de maio de 2021

Na semana passada (21 de Maio), ficamos sabendo da parceria firmada entre o escritório Danny Forster & Architecture, de Nova Iorque, com a MiTek, referência global em inovação na indústria da construção e cujo dono é ninguém menos que Warren Buffett. A parceria tem como objetivo fomentar um sistema que quebra diversas barreiras envolvidas no processo de disseminação da tecnologia de construção modular no mundo, que ainda tem um alto custo logístico. 

E nesse sentido, hoje já conseguimos ver negócios desafiando essas barreiras, como é o caso da Woodpecker, startup colombiana que tem construído unidades habitacionais pré-fabricadas com uso de resíduos de café, e a Noah, construtech brasileira que terá aparente apoio do primeiro fundo imobiliário com selo verde do país para erguer edifícios em madeira engenharizada no estado de São Paulo.

Em segundo, vimos a Procore superando o valor esperado em seu IPO, o que comprova o interesse do mercado em sua tese, fundamentada no cloud-based construction management. O mesmo mercado também avança em outros investimentos, como o da Assignar, plataforma focada na conexão entre contratados e contratantes que recebeu US$20M da Fifth Wall - gestora de investimentos focada em construtechs - e outros fundos. 

Tecnologias ainda mais avançadas podem ser acrescidas nessas plataformas: com base em San Francisco, a startup Open Space tem usado câmeras 360º acopladas a visão computacional e inteligência artificial para acompanhar o avanço da obra, o que reduz custos e erros na gestão. A empresa já captou US$ 55M em rodada série C, com participação de investidores como a JLL Spark, braço de CVC da JLL.

No Brasil, esse pode ser o caminho da ConstructIN, que tem avançado no uso de imagem para monitoramento de obras, e também da Orçafascio, empresa investida pela Terracotta que já vem tendo destaque internacional.

O Mapa das Construtechs & Proptechs 2021 apontou que 34,6% das startups se encontram no espaço de proptechs, ou seja, atuam na propriedade em uso.

No entanto, a digitalização da construção civil pode romper com a estrutura de custos e financiamento e impactar diretamente no preço final do espaço físico. Futuramente, isso pode viabilizar uma nova onda de proptechs desenvolvendo soluções dentro de um diferente modelo de mercado.

Se quiser entender melhor a nossa estratégia de investimento nesse mercado, pode nos ativar que marcamos um papo sobre.