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Os novos hábitos de hospedagem e o aumento de produtividade com a construção modular offsite

Notícias e tendências #4

12 de maio de 2021

Na semana passada o lançamento da quinta edição do nosso Mapa de Startups evidenciou mais uma vez o crescimento desse ecossistema. Com um aumento de 19,5% do último ano para cá, hoje temos 839 negócios ativos com esse modelo aqui no Brasil, uma evolução de 235% se compararmos com o primeiro lançamento, em 2017.

Os investimentos nesse setor também evoluem e chamam a atenção, uma vez que acompanham uma tendência global de crescimento recorde no Brasil e no mundo. É possível notar um aumento não só de volume, mas também de maturidade nos aportes, especialmente em startups que atuam na cadeia da construção como a Loft e a MadeiraMadeira, já citadas aqui.

O aumento se dá principalmente por dois motivos. Um deles é o próprio ciclo de vida das startups, que naturalmente crescem e evoluem em seus estágios de investimento. Em paralelo a isso, outro fenômeno que vivemos hoje é a alta liquidez nos mercados devido a baixa taxa de juros, fato que ajuda a trazer mais dinheiro para esse tipo de investimento.

É por isso que esse fenômeno, aliado ao lançamento do mapa, torna tão oportuno falarmos sobre tendências de inovação no setor. E nessa semana falaremos de duas:

Há alguns dias recebemos a notícia de que a Casai, startup mexicana que atua com imóveis de estadia curta, chegou em São Paulo com o objetivo de expandir para o Brasil. A startup vem surfando na locação flexível, hábito que cresceu durante a pandemia e deu luz a grandes nomes como a Housi, primeira plataforma de moradia por assinatura do mundo e forte concorrente da mexicana, cuja principal aposta está no uso de tecnologia para transformar os imóveis em smart homes.

No mais, esse movimento serve de alerta para o mercado de locação de imóveis, que poderá  ter que lidar com um novo perfil de consumidor, mais dinâmico e que quer distância de qualquer tipo de burocracia no processo de locação, principalmente se estiver viajando a trabalho.

A segunda tendência é a da construção off-site. No nosso último estudo sobre o tema, alertamos para o potencial que a industrialização da construção apresenta diante do gap de produtividade do setor, chegando a ser até 4x mais produtiva do que o modelo tradicional.

A técnica, que também impacta na redução dos desperdícios e ganho de sustentabilidade, já atraiu startups que têm encontrado formas de evoluir no assunto, principalmente através de parcerias e modelos de negócio como o da Noah, que aposta no uso de um tipo específico de madeira para construir edifícios e reduzir a emissão de carbono em um setor que é responsável por quase 40% das emissões globais.

A Brasil ao Cubo é outra construtech que chamou atenção quando, na semana passada, apresentou um edifício estilo “Lego que foi “fabricado e montado” em apenas 100 dias. A construção é um excelente exemplo do potencial que essa nova fronteira apresenta para o setor, que em países como a Holanda já têm evoluído a ponto de ter casas 3D sendo habitadas.

A notícia da Brasil ao Cubo traz à tona também o crescimento do corporate venture capital no segmento, com grandes players da cadeia produtiva percebendo a importância da transformação digital para suas estratégias de crescimento, o que as leva a investir nesse tipo de iniciativa. Inclusive, a prática tem tido cada vez mais aderência de empresas de médio porte, o que ajuda a desconstruir o estigma de que investimento em tecnologia e inovação é exclusividade das grandes empresas.

Um exemplo disso é a Prestes, nossa investidora selecionada para o case da semana. Com sede no terceiro estado com maior número de construtechs e proptechs do Brasil, a construtora e incorporadora foi a primeira empresa paranaense a oferecer um sistema 100% online para venda de imóveis e já projeta um crescimento de mais de 40% para 2021. Leia o texto completo aqui.

Se você quiser entender melhor estas e outras mudanças que estão acontecendo no setor, sinta-se a vontade para marcar uma conversa conosco.