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As proptechs vão acabar com o home office?

Terracotta News #13

21 de julho de 2021

Vivemos momentos intrigantes para o ecossistema de inovação no Brasil.  Mesmo em um ritmo crescente de doses sendo aplicadas em pessoas cada vez mais novas, ainda temos somente 16% da população completamente vacinada, o que adia planos de retomada para os espaços convencionais de trabalho e leva a sociedade a buscar um meio termo entre casa e trabalho.

Já em um ‘universo paralelo’, vemos um momento de mudança sistemática em como utilizamos - e utilizam - nossos dados financeiros. O Open Banking chegou por aqui e já vem prometendo ser bem diferente do que aconteceu em outros lugares do mundo, o que põe o Brasil em uma posição de destaque internacional.

Não falei destes dois fenômenos a toa. O assunto que vou trazer hoje busca conectar estes temas ao universo das proptechs, mostrando como essas startups têm evoluído para se adaptar e surfar na onda de movimentos assim. Boa leitura!

Antes de começar, peço que responda nosso formulário de atualização de preferências. Não dura mais do que 1 minuto e nos ajuda a entregar melhores conteúdos para nosso público. 

Uma pesquisa realizada pela DIMEP aponta que apenas 6,7% das empresas contam com um programa de trabalho remoto. No estudo, dentre os maiores desafios enfrentados pelas companhias, tivemos:

  • A gestão das horas trabalhadas (30,8%)
  • A falta de estrutura adequada para trabalho (25%)
  • E a comunicação falha entre as equipes (19,2%)

Neste contexto, conseguimos ver negócios inovadores crescendo, em especial no mercado imobiliário, como é o caso da BoxOffice e da Livance.

A primeira trabalha com modelos de mini offices autônomos espalhados por São Paulo e acabou de ter 25% de suas operações adquiridas pela Tecnisa, incorporadora paulista que já flertava com este modelo e agora irá ajudar o negócio em seus planos de escala.

Já a segunda atua com consultórios compartilhados e recentemente levantou R$ 30M em uma rodada series A, que teve participação da Terracotta. A startup apresenta um modelo de Infrastructure as a Service (IaaS), com assinatura mensal e uma taxa por minuto de uso dos consultórios compartilhados para consulta, o que traz para os profissionais de saúde um menor custo e maior comodidade, fora as inúmeras possibilidades de uso da plataforma, que otimiza boa parte dos processos de atendimento e cobrança online e/ou offline.

Por fim, HardTech’s não ficam de fora deste movimento, como podemos notar no caso da Hipla Technologies, startup que captou 500 mil dólares em seed funding e usa inteligência artificial avançada, big data e visão computacional para melhorar a experiência no local de trabalho. No Brasil, em breve poderá ser comum este nível de sofisticação.

Há pouco mais de um mês, comentei por aqui sobre um movimento chamado Embedded Finance (o texto completo está aqui) e a sua importância para a cadeia da construção, que vem entregando soluções cada vez mais completas para o mercado.

Nesse sentido, a chegada do Open Banking no Brasil anuncia o ápice deste movimento, que na cadeia produtiva da construção já conta com soluções de crédito, pagamento, investimentos e seguro, aplicadas de ponta a ponta no processo.

Assim, as startups deste movimento - as Real Estate Fintechs - já tem conseguido bons avanços, facilitando a compra e aluguel de imóveis (veja a matéria do estadão sobre isso aqui) através dessas soluções. É o caso, por exemplo, da Better e da Quext, duas startups que fizeram aquisições recentes para evoluir suas soluções de financiamento imobiliário:

No mais, outra notícia conectada ao tema e que me chamou bastante atenção foi a captação de $ 30M da Bild, startup que atua com financiamento para a cadeia de suprimentos da indústria da construção com prejuízo mínimo para seus fluxos de caixa. O fato ainda reforça o que trouxe antes, sobre a aplicabilidade ponta a ponta.

O Embedded Finance - ou fintechzação - das indústrias está acontecendo rápido e é fundamental que acompanhemos o desenrolar da implementação do Open Banking aqui no Brasil. E para compreender o impacto disso na cadeia da construção, estamos desenvolvendo um estudo completo sobre o tema de Real Estate Fintech, onde aprofundamos no conceito e trazemos um panorama atual para este segmento (responda o e-mail e eu te envio o material assim que estiver pronto).

No mais, negócios como os que mencionei hoje tem se mostrado cada vez mais promissores, não é a toa que estamos investindo na Livance, que além de proposta de valor e diferenciais, é formada por um time altamente capacitado e que se complementa, apresentando ótimo histórico profissional e competências para garantir o retorno sobre o investimento. 

Se quiser Se quiser entender melhor como selecionamos as melhores startups para o nosso portfólio, conhecer nosso veículo de investimentos e participar conosco desta transformação como investidor(a), entre em contato. Te explicarei todos os benefícios e condições para participar de um próximo closing.