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Inteligência artifical na construção e a chegada das Smart Citites

Terracotta News #15

11 de agosto de 2021

A inteligência artificial, por si só, já é uma prática que traz consigo inúmeras oportunidades de aplicação, uma vez que busca replicar habilidades humanas via tecnologia. Na cadeia da construção, por exemplo, conseguimos ver aplicações disso em diversos pontos do processo.

Proptechs e construtechs já fazem há um tempo

Ora, QuintoAndar e Loft já aplicam a tecnologia com o intuito de simplificar o processo de aluguel/ compra de um imóvel, prática comumente chamada de Smart Pricing. E para isso, o trabalho com big data é muito importante e ajuda as imobiliárias a fazer o que a Localize faz: capturar, processar e analisar uma infinidade de dados relativos à experiência de quem compra um imóvel, utilizando a informação para desenhar um processo completamente diferente e sem fricção.

Em um outro ponto da cadeia produtiva, um ótimo exemplo é a Buildots, startup que recentemente levantou $30M e tem apostado no uso de A.I para otimizar a obra por meio de câmeras 360º usadas em capacetes. Seu algoritmo valida rapidamente as imagens capturadas e detecta inconformidades no projeto sem que o gerente precise ir até o local.

Soluções integradas para desafios mais complexos

Quando os recursos de inteligência artificial começam a se integrar e passam a ser utilizados em uma escala maior, conseguimos ver o surgimento das chamadas Smart Cities. Estas cidades se baseiam na integração de pilares como segurança, mobilidade e sustentabilidade para aumentar a qualidade de vida da população.

A Planet Smart City, por exemplo, tem buscado desenvolver cidades inteligentes e inclusivas aqui no Brasil, que segundo a CEO da empresa tem um grande potencial para este tipo de projeto. A Smart Laguna, construída no Ceará, é considerada a primeira cidade inteligente inclusiva do mundo, possuindo mais de 60 soluções inteligentes que se distribuem nos pilares de Meio Ambiente, Infraestrutura, Tecnologia e Pessoas.

E não para por aí. Problemas bem específicos já tem sido contemplados por soluções de startups desse universo. A alemã NATIX utiliza sensores e câmeras em tempo real para mapear e gerir multidões. A tecnologia permite que as autoridades tenham uma previsão de quais áreas têm maior potencial de gerar aglomeração, o que ajuda a torná-las mais seguras.

Vale a pena investir?

No mais, o ecossistema de investimentos também tem tido um olhar positivo para este segmento, que desde 2013 vem recebendo aportes cada vez maiores e ainda projeta um crescimento expressivo nos próximos 4 anos. Caso queira aprofundar, deixo de sugestão o material da Distrito, que em 2020 mapeou mais de 150 startups conectadas a essa temática.

Como venho dizendo nas semanas anteriores (em especial aqui), é importante observar as ondas de inovação que acontecem neste setor, entendendo que mesmo com a presença de proptechs e construtechs unicórnios o Brasil ainda figura na primeira de três ondas e portanto tem um longo caminho pela frente até que os estágios finais de investimento se tornem comuns.

No contexto das Cidades Inteligentes, soluções em diferentes pilares se complementam para nos aproximar do que chamamos de “Sociedade 5.0”, uma sociedade imersa em ambientes digitais e já familiarizada com sistemas de cibersegurança, Internet das Coisas (IoT), Big Data e outros recursos.

Portanto, sugiro manter o olhar afiado para este nicho e acompanhar a evolução de soluções mais completas, como a Planet, mas também soluções mais verticalizadas, como a NATIX. Em ambos os casos, certamente veremos um mercado amadurecendo e, consequentemente, tornando-se ainda mais atrativo para investir.

Para entender como selecionamos as melhores startups e conhecer a fundo o nosso veículo de investimento - possivelmente participando de um próximo closing na posição de investidor - fale conosco. Te explicarei todos os benefícios e condições.