O ano de 2021 tem prometido entregar mais um recorde em volume de empréstimos utilizando imóvel como garantia. O dado é de uma matéria recente da EXAME sobre Home Equity, uma modalidade de empréstimo cujo crescimento nos últimos seis meses já ultrapassa 60%.

O Henrique, do time de Startup Hunting da Terracotta, respondeu algumas perguntas sobre esta prática:

O que é? Home Equity nada mais é do que o nome dado ao produto de crédito onde o imóvel do mutuário é posto como garantia da operação de crédito. Assim, por meio do processo de alienação fiduciária, a instituição financeira passa a ser detentora indireta do imóvel, o que permite que este produto tenha uma das melhores (se não, a melhor) taxas do mercado;

Qual o tamanho e contexto? 2020 ficou marcado como o ano de maior contratação de Home Equity - R$4,592 bilhões no total. Um dos motivos disso foi a pandemia, que fez com que mais pessoas passassem a procurar formas de se endividar a um custo menor para sustentar seus negócios ou como maneira de alongar dívidas;

E a adesão aqui no Brasil? Apesar de ser uma das melhores opções para ‘endividamento saudável’, o brasileiro ainda conta com uma aversão cultural que impede que o produto tenha uma maior penetração no mercado;

E o que esperar para o futuro? Enxergamos que o mercado brasileiro deve ser direcionado por mudanças de ordem cultural e regulatória, seja por meio de educação financeira ou projetos como, por exemplo, a MP do Refinanciamento do Ministério da Economia, que deve destravar até R$10 trilhões em garantias imobiliárias.

Se você se interessa pelo assunto e quer ter acesso a um conteúdo completo sobre o tema, pode ler agora o nosso novo blogpost sobre Home Equity, que aprofunda pontos como:

• Vantagens e desvantagens da modalidade;
• Contexto de mercado do Home Equity;
• E cases de startups deste segmento

Sem dúvidas, há grande potencial na tese, não é à toa que temos dedicado tempo para o estudo, acompanhamento e produção de conteúdos sobre o assunto. No entanto, é preciso ir mais a fundo e notar que as mudanças vão além disso. Exemplos recentes te ajudam a entender melhor: 

Semanas atrás, a QuintoAndar adquiriu a ATTA, incorporando novos instrumentos de financiamento ao seu modelo de negócio, ao mesmo tempo que amplia o escopo de imobiliárias que a ATTA consegue utilizar para fornecer produtos de crédito.

Assim, temos visto cada vez mais proptechs que enxergam no mercado imobiliário um canal para distribuição de produtos financeiros, corroborando para uma maior penetração de produtos ainda pouco aderidos - como o Home Equity.

Inclusive, na semana passada tivemos um caso muito semelhante, com a Loft adquirindo a Credihome e fortalecendo sua solução de financiamento imobiliário, que com a aquisição passa a ter maior capilaridade em regiões fora do eixo Rio-São Paulo.

Parcerias/ aquisições deste nível já acontecem bastante no exterior, a exemplo da Rent Dynamics e da Quext. A integração de dois de seus produtos busca oferecer uma solução sob medida para moradores, funcionários e gestores de propriedades multifamiliares nos EUA, que terão acesso a serviços bancários e de construção de crédito, além de outras oportunidades com grande potencial de impacto econômico e social. 

Em um mercado transversal como é o de Real Estate, soluções assim têm tido sucesso em aproveitar os elevados volumes financeiros que circulam no meio para escalar seus modelos de negócio e explorar mercados que outrora eram restritos a agentes financeiros tradicionais, criando assim um dos melhores momentos para a ascensão das Real Estate Fintechs:

Startups capazes de promover maior integração financeira ao longo da cadeia da construção por meio de tecnologia e inovação, democratizando o acesso a produtos antes restritos a apenas parte da população.

Estamos nos aproximando da publicação oficial do Report de Real Estate Fintech da Terracotta Ventures, e em breve você saberá quais as tendências que enxergamos para o panorama brasileiro e mundial dessa vertical.

Se tiver interesse em receber mais atualizações sobre este tema e também acessar o estudo em primeira mão no momento do lançamento, clique aqui.

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