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7 inovações que estão transformando o mercado imobiliário

6 de julho de 2022

Contrariando expectativas, nos últimos anos o setor de imóveis cresceu consideravelmente, desenvolvendo novas formas de atuação frente ao contexto de pandemia. E nesse cenário, as tecnologia, inovação e investimentos foram essenciais para manter o ecossistema vivo e pulsante.

Atualmente, o mercado imobiliário é uma das principais atividades econômicas do Brasil, além de ser uma das áreas que mais impulsiona a recuperação econômica depois da crise sanitária e financeira dos últimos dois anos.

Pensando nisso, selecionamos as principais tendências que alavancaram o mercado imobiliário nos últimos anos e que ainda devem continuar transformando a maneira como gerimos os ativos imobiliários no Brasil e no mundo. Boa leitura!

1. Visitas virtuais aos imóveis

O período pandêmico acelerou o modo como o mercado imobiliário interagia com os seus clientes. Ou seja, o que antes apenas poderia ser feito presencialmente, agora pode ser realizado virtualmente. Um exemplo disso são as visitas virtuais aos imóveis.

Assim, através de softwares e aplicações, o cliente pode conferir fotos, vídeos e até mesmo fazer uma visita virtual, com um tour de 360º, ao imóvel do seu interesse. Tudo isso sem precisar se deslocar até a imobiliária e, em companhia de um corretor de imóveis, ir até o endereço da propriedade.

Startups como a AoCubo, por exemplo, obtiveram destaque durante a pandemia uma vez que usaram o potencial da digitalização do setor ao seu favor.

2. Digitalização dos processos imobiliários

Além do consumidor final, a tecnologia tem avançado para auxiliar o ecossistema imobiliário como um todo, em especial os processos de captação, gerenciamento de negócios e anúncios para as imobiliárias.

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Nesse sentido, plataformas que oferecem recursos para essas empresas de maneira unificada têm ganhado cada vez mais espaço de mercado, com soluções disruptivas. Uma dessas é a plataforma da Captei, que utiliza uma base de dados completa para reunir e disponibilizar de forma prática dados sobre imóveis anunciados em diversos estados, além de dispor de ferramentas como CRM.

3. Disseminação do Buyer’s Agent no Brasil

Esse modo de fazer um negócio imobiliário é bastante comum nos Estados Unidos e, de uns tempos para cá, vem se popularizando também no Brasil. Por lá a compra de um imóvel acontece com a ajuda de dois corretores: o corretor de venda (Seller’s Agent) e o corretor de compra (Buyer’s Agent).

Já no Brasil, o corretor de imóveis tradicional atua tanto para o comprador quanto para o vendedor de imóveis, causando uma espécie de conflito de interesses, uma vez que essas pessoas estão de lados diferentes da transação imobiliária.

É tentando equilibrar essa balança que startups como a

imobles atuam. A empresa possui uma estrutura de consultores de compra que trabalham exclusivamente para o comprador, munidos de uma base de dados e inteligência de uma imobiliária digital.

4. Imóveis sustentáveis e inteligentes

Outra tendência do mercado imobiliário é construir e comprar imóveis mais sustentáveis e inteligentes. Por isso, essa será uma preocupação de engenheiros, arquitetos, construtoras e compradores durante os próximos anos.

O termo ESG que, quando traduzido do inglês, significa “Governança Ambiental, Social e Corporativa” popularizou essa inquietação. Assim, empreendimentos que não se adaptarem às preocupações ambientais se tornarão obsoletos e desvalorizarão com o tempo.

Um exemplo de imóveis e condomínios sustentáveis e inteligentes são aqueles que possuem pontos de recarga de carros elétricos, espaços verdes, reutilização de água, painéis solares e sistemas de biometria ou reconhecimento facial para entrada dos moradores.

5. Facilidade de obtenção de crédito habitacional

Além das modalidades mais tradicionais de se conseguir financiamento imobiliário, através do SBPE e de programas como o Minha Casa Verde e Amarela, cada vez mais soluções alternativas vêm surgindo para desburocratizar o acesso ao crédito imobiliário.

Entre eles estão as fintechs e proptechs com soluções específicas para o financiamento imobiliário, que facilitam a comprovação de renda para o parcelamento, além de obterem uma margem maior para personalização das condições de financiamento.

Este espaço de mercado, inclusive, tem até nome. As Real Estate Fintechs tem crescido expressivamente nos últimos anos e mostrado o tamanho do potencial que soluções com viés financeiro possuem de impactar o setor.

Em 2021, desenvolvemos o primeiro mapeamento de startups presentes nesse mercado. Você pode conferir baixando e acessando o Mapa de Real Estate Fintechs do Brasil.

6. Imóveis mais compactos e condomínios mais completos

Agora, pensando na estrutura e otimização do espaço do imóvel, estamos vivendo um momento em que os imóveis estão mais compactos e funcionais, enquanto os condomínios estão cada dia mais perto de se tornarem “mini-cidades”.

O perfil mais tradicional de comprador é aquele que preza pela qualidade de vida e, por isso, investe em espaços multiusos. Os imóveis compactos são dinâmicos, inteligentes e confortáveis, potencializando o tempo livre de seus moradores.

Por outro lado, os condomínios onde estão inseridos estes imóveis estão se reinventando e se adaptando para servir a um novo modelo de vida: espaços de lazer, quadras esportivas, salões de festas, coworking, academia e, até mesmo, mercado.

7. Mais empresas de capital investindo no setor

Outro fator que está movimentando esse mercado é a ocorrência de empresas de capital investindo em proptechs e construtechs, startups do setor imobiliário.

Em 2022, foram mapeadas 955 startups construtechs e proptechs, apenas no Brasil. É um crescimento expressivo que jã chega a 282% desde o primeiro mapeamento desse ecossistema.

Evidentemente, o volume de investimentos realizados também vem crescendo, com 2021 se destacando com um aumento de 11% no número de deals realizados em comparação com o ano anterior. Ao todo, no Brasil esse mercado movimentou mais de R$ 5 bilhões através de 67 rodadas de investimento.

Um exemplo de empresas que investem em várias startups que solucionam problemas relevantes do setor de imóveis são a Terracotta Ventures e a FEBA Capital.

O que podemos esperar com a inovação do setor imobiliário

Seja na construção, venda ou aluguel de imóveis, a expansão e digitalização do setor imobiliário vem ganhando ainda mais velocidade com o passar dos anos.

A digitalização e desburocratização de processos não é uma tendência somente do mercado imobiliário. Por isso, é natural que o setor continue se atualizando e criando soluções disruptivas para se adaptar aos novos comportamentos de compra e venda de imóveis.

Como está o mercado imobiliário no Brasil hoje

No último ano, o mercado imobiliário se mostrou bastante resiliente e, para além das inovações tecnológicas, outro fator que impulsionou o Real Estate brasileiro foi a mudança na forma como os brasileiros passaram a olhar para suas residências, valorizando o conforto e a praticidade para o dia a dia.

Segundo o anuário de 2021 da Associação Brasileira das Incorporadoras Imobiliárias (ABRAINC), a incorporação encerrou o ano com novo recorde de vendas e lançamentos. Com aumento de 27% nos lançamentos na comparação com 2020, enquanto as unidades comercializadas cresceram 3,6%.

Já em 2022, mesmo com a alta da taxa Selic e fatores de insegurança macroeconômicos, o mercado imobiliário segue aquecido. No primeiro trimestre de 2022 foram quase 74 mil unidades vendidas, número 2,2% maior do que o último trimestre do ano passado, conforme dados da Câmara Brasileira da Indústria da Construção.